sábado, 29 de junho de 2013
Aos Meus Ouvidos Nelsom Mandela.
Sua palavra
Sua voz
seu sorriso
Liberdade
Sons fiéis
Músicas aos ouvidos dos sábios
Grito de alerta
Ópera viva
Negros
Brancos
Liberdade
eu ouço um canto
Uma voz
Algo sem definição
O Sorriso
A dança
A África
O Brasil
Oriente e Ocidente
O Senhor
Você
A paz
Sua ausência
Seu momento único
Seu silêncio
Uma grande multidão
Sua Voz
E para sempre
Eternamente.
A Cura Gay e a Cereja do Bolo
Vivemos um momento inusitado, acredito ser esse um processo formalmente e declarado de retrocesso no país, ao ponto de surgir manifestações, ordens e desordens em cada praça, em cada esquina e em avenidas. Entre construções com perfil desconstrutor, quando se refere a valores necessários as novas possibilidades sociais, pelo menos as que se fazem necessárias segundo os gritos nas ruas.
Lembro em minha adolescência, ter feito um curso e se não me falha a memória chamava-se cartazista, nem mesmo sei, se escreve assim? Nem mesmo vou procurar se estou certo, afinal no tempo em que estamos vivendo, se eu tiver pisado na bola, vai da muito mais IBOPE, tem mais gente de olho nos erros do que em nossos acertos. Alguns meses atrás falava com amigos sobre a quantidade de cursos realizados e de nada serviam para tempos de hoje, bobagem minha, nunca se foi tão necessário saber fazer cartazes, mais que uma linguagem, uma manifestação, formas e fórmulas a mesma ouvida a tantos anos atrás.
Tão quanto os cartazes, são as necessidades surgidas e as esquecidas, como por exemplo na canção:
Se essa rua
Se essa rua fosse minha
Eu mandava
Eu mandava ladrilhar
Com pedrinhas
Com pedrinhas de brilhante
Só pra ver
Só pra ver meu bem passar.
Se essa rua fosse minha
Eu mandava
Eu mandava ladrilhar
Com pedrinhas
Com pedrinhas de brilhante
Só pra ver
Só pra ver meu bem passar.
Em tempos os quais tanto falamos, em bens finaceiros e patrimoniais, chegou a hora de zelar por um bem maior e esse é imensurável, o bem humano, esquecido por nossos políticos, mas mereceedores de ruas de brilhantes. Políticos também sofrem de amnesia, a diferença é que a nossa é indiscutivelmente infinita, enquanto a deles, os quais se chamam representação é delimitada de quatro em quatro anos. Mesmo assim temos um forte inseticida natural, O VOTO.
Continuem subestimando a capacidade desse povo e a resposta parece ter data e hora, já deram o grito de ordem, mesmo a desordem instalada, por indelinquentes da pátria minha, filho de uma classe média falida e de uma nova classe assistida, sem mesmo ter a experiência de ganhar por sí só seu pão de cada dia. Homens hipócritas, ditam leis, muitas vezes rídiculas, aproveitadores da calada da noite, aproveitam, o silêncio da noite ou o grito das ruas para aprovar e desaprovar leis que possam interferir na vida de seres humanos, chegam ao ponto de promover "cura gay", chegam ao ponto de construirem super estádios de futebol e não são capazes de olhar o que precisamos de fato. São capazes de colocarem a cereja no bolo, enquanto nem bolo conseguem fazer.
Vínicios de Morais e Toquinho, um em outra dimensão, o outro por aqui , não são apenas poetas e músicos, são profetas:
Era uma casa muito engraçada
não tinha teto, não tinha nada
ninguém podia entrar nela não
porque na casa não tinha chão
ninguém podia dormir na rede
Porque na casa não tinha parede.
Ninguém podia fazer pipi
porque penico não tinha ali
mas era feita com muito esmero
na rua dos bobos, número zero
não tinha teto, não tinha nada
ninguém podia entrar nela não
porque na casa não tinha chão
ninguém podia dormir na rede
Porque na casa não tinha parede.
Ninguém podia fazer pipi
porque penico não tinha ali
mas era feita com muito esmero
na rua dos bobos, número zero
Essa casa, se chama Brasil.
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