quarta-feira, 22 de abril de 2015

AONDE EU ESTAVA?

               Ao passar por um armário em meu apartamento, desses aonde acumulamos de um tudo e nunca se encontra tempo para organizar, me perguntei: O que me faz, não organizar essa bagunça? Fiz o tempo acontecer. Desocupei o espaço, quanta coisa joguei fora, quantos projetos guardados, fotos de momentos esquecidos,  tantas coisas escritas. Textos, contos, artigos e poesias. Quantas músicas a tempo não ouço, quantos filmes os quais não vi e tantos  para rever.

               O gravador comprado e nunca utilizado, na busca de  realizar o  projeto de um livro, ainda não escrito. Sonhos e desilusões, certamente são motivos os quais , tanto adiei arrumar esse armário. Chamei minha atenção, por algo tomando conta de mim. Surgindo, assim, uma nova questão: Aonde eu estava?
             
                As perguntas muitas vezes, fazem mais sentidos a respostas, as quais, não se sabe responder. Quanto mais saber interpretar. Talvez por cansaço de tantas atitudes tomadas ou quem sabe pelo amor, tantas vezes exaltado, desistido e insistentemente vivido. Por mais poético, cantado e vivido, o amor também traz dor e consigo,  sentimentos soltos, perdidos e cheios de expectativas.

               O armário já está pronto, tudo em seu devido lugar.  A tarefa dificultada , somente transformada, quando entendemos o intuito maior de estarmos conosco.  Estou bem mais próximo, posso estar quase chegando. Novas expectativas, sonhar feito menino de coração sincero.

               Buscar paz interior, amar verdadeiramente alguém sem nem mesmo conhecer, tomar um sorvete, aplaudir de uma platéia os autores da vida, das nossas vidas. Reconhecer em si mesmo, o potencial e se jogar na montanha  russa da vida.

                Tenho em mim, a percepção, estou bem mais próximo. Estou quase chegando, próximo ao pódio. Fazer dessa chegada , estar aqui.

sábado, 4 de abril de 2015

Concretizando novos tempos.

Um dia desses, estava perdido em meus pensamentos
Buscando explicações em algum labirinto
Lí Fernando Pessoa
Escrevi o quanto pude, o que não deveria ser escrito
Viajei em meu âmago
Buscando razões em meu ser
Não havendo dúvidas, concretizando certezas
Ontem, por mais poético
Homem pedra
Hoje, a própria poesia
Homem humano
Laços de esperança, entrelaçando mãos
Concretizando a vida, detonei muros de concretos
Sobrevivi e tudo se faz novo
O sorriso solto ao vento, mudando rumos
Concretizando novos tempos.